A escolha do papel para imprimir o seu projeto é fundamental para obter os resultados que deseja. Dado que existem diferentes tipos de papéis, como escolher?
No final de um projeto gráfico, onde aplicou todos os seus esforços criativos, todo o seu conhecimento teórico e toda a sua inspiração, chega finalmente ao resultado tão ambicionado.
Mas será que uma excelente criação basta?
Na hora H, quando tem de apresentar ao cliente uma prova com o resultado final, muitas vezes o que alcançou no monitor não corresponde ao resultado físico. Isto porque uma escolha incorreta de papel pode arruinar o seu projeto. Como?
Por exemplo, se escolher um papel com uma determinada textura que lhe agradou especialmente, poderá obter uma impressão com elementos gráficos distorcidos. Porquê?
Tal poderá dever-se a vários fatores; por exemplo, o papel poderá ser do tipo mais absorvente e, dessa forma, apresentar distorções em grafismos com maior definição.
Assim, para que possa fazer a escolha mais adequada ao seu projeto, preparámos para si algumas orientações sobre os diferentes tipos de papéis e suas aplicações.
Mas antes disso, uma breve abordagem quanto às características do papel.
Gramagem
Pode ser entendida como peso ou espessura do papel, que varia entre 50 a 450 gramas. Trará, naturalmente, implicações quanto à opacidade e ao custo.
Formato
Partindo de uma folha A0, e conforme determinado pelo padrão ISO 216, podemos dividi-la em duas folhas A1, que têm exatamente metade da área, e assim segue até A10. É importante ter esta característica em atenção, porque apenas 2 ou 3 centímetros podem representar uma grande diferença no orçamento e no impacto ambiental.
Cor
Habitualmente, o papel é de cor branca, mas poderá optar por outras cores de acordo com o efeito que pretender, caso queira, por exemplo, aplicar um efeito vintage ou mais envelhecido ao seu projeto.
Textura
Esta característica deve ser vista como mais um elemento de design. Por um lado, papéis com textura permitem expressões bastante originais mas, por outro lado, não são indicados para impressões que se pretendam nítidas.
Agora, quanto aos tipos de papel:
IOR
Este é o papel mais corrente, e é utilizado para impressões em grandes quantidades e com custo baixo. É um papel liso e tem boa qualidade.
Este papel é indicado para papel de carta, envelopes, blocos, cadernos e livros; ou seja, materiais que sejam posteriormente suporte de escrita.
Couché
Este papel tem um revestimento que o torna mais liso e uniforme para receber a impressão, obtendo-se também uma maior nitidez e precisão de cores. Proporciona maior sofisticação ao trabalho impresso.
É a melhor opção para imprimir projetos que requeiram maior atenção ao detalhe e quando é necessária uma grande qualidade de imagem – catálogos de arte, fotografias, folhetos ou cartões de visita.
O papel couché pode ser mate ou brilho. Este último, como o próprio nome indica, é brilhante e, por isso, será importante analisar se o facto de este papel refletir mais luz não irá interferir na perceção da informação.
Em alguns casos, isso poderá acontecer e noutros não – vai depender do grafismo utilizado, da gramagem e do tipo e quantidade de informação que se pretende transmitir.
Por estes motivos, é frequente a opção pelo couché brilho para a capa de catálogos e pelo couché mate para o interior dos mesmos.
Uma outra diferença entre estes dois tipos de papéis é que o papel couché brilho seca muito mais rapidamente do que o couché mate. Este facto poderá ser decisivo se lidar com prazos muito urgentes – fará a diferença entre ter o trabalho pronto no próprio dia ou apenas dias mais tarde.
Autoadesivo
O papel autoadesivo tem, numa das suas faces, uma superfície colante. Após a impressão, pode ser aplicado em variadíssimas formas: na personalização de brindes e lembranças, decoração, divulgação de mensagens, etiquetas publicitárias, rótulos, capas de cadernos, livros, entre outros.
Autocopiativo
Este tipo de papel, também conhecido por papel químico, permite criar formulários, impressos, guias e faturas com várias folhas. Basta escrever na primeira folha e, conforme o próprio nome sugere, obtém-se uma reprodução a negro nas restantes folhas do conjunto.
Fine papers
É aqui que podemos dar largas à elegância e à originalidade. Muito utilizados para produtos de alta gama, os fine papers abrangem todo o tipo de papel que, na sua composição, apresentam detalhes requintados, como texturas especiais.
Dada a sofisticação que apresentam, é importante ser prudente na escolha deste papel. Dependendo da utilização a que se destina e do tipo e quantidade de informação que se pretende apresentar, deve ser bem avaliado o risco de essa sofisticação causar algum ruído indesejável no objetivo final do projeto. Isto porque a utilização deste papel pressupõe que se atribua maior peso e importância ao aspeto visual e táctil do que ao aspeto informativo.
Agora tem já algumas orientações para facilitar a escolha que terá de tomar. Estes são os tipos de papel mais habituais, mas existe ainda mais variedade dentro de cada tipo.
Aconselhamos que pondere a questão do tipo de papel antes mesmo de dar início ao seu projeto, de forma a evitar esbarrar com inviabilidades e com surpresas nos custos – e também para não prejudicar a qualidade nem a eficácia da mensagem a ser transmitida.
Não deixe nunca de se aconselhar com a gráfica com quem trabalha sobre estes aspetos, que podem ser determinantes. Melhor do que ninguém, uma boa gráfica estará apta para melhor esclarecer as suas dúvidas e a aconselhar sobre os materiais mais adequados ao seu trabalho.
Para que não obtenha menos que a excelência!