A figura mais emblemática desta época é o Pai Natal. Mas sabe a sua verdadeira história? E qual o papel da Coca-Cola e do Marketing?
Pronto para a época mais esperada do ano? ?
A magia está no ar: as luzes, os sorrisos, o frio aconchegante, o cheiro a especiarias, e os corações mais disponíveis.
E a figura mais emblemática desta época é… o Pai Natal! De onde vem este velhinho bondoso? Qual a origem desta figura mundialmente amada?
Bem, é certo que ele não existe (não deixem as crianças ler isto :)), mas a sua “existência” foi inspirada num bispo chamado Nicolau, que nasceu na Turquia, em 280 d.C.. Este bispo era conhecido por ajudar as pessoas mais necessitadas, deixando sacos com moedas perto das chaminés das casas.
Já está a ver as semelhanças? ?
Em muitos países, o Pai Natal é chamado de São Nicolau – precisamente pelo facto de este bispo ter sido canonizado, após lhe terem sido atribuídos vários milagres.
E agora estará a perguntar: mas este bispo usava o fato vermelho que hoje conhecemos?
Na verdade, a questão da indumentária foi sofrendo alterações ao longo do tempo e de acordo com a cultura vigente. Até o final do século XIX, o Pai Natal era representado com roupa castanha ou verde escura.
Muitos apontam a Coca-Cola como a criadora da imagem atual do Pai Natal – barbas brancas e roupa vermelha, conforme as cores da marca. Contudo, vários artistas foram recriando e redesenhando este símbolo do Natal, cada um concedendo o seu próprio toque pessoal. De facto, antes destas ilustrações, a primeira referência ao velhinho bochechudo de trenó é encontrada num poema, em 1823, chamado “The Night Before Christmas”, alegadamente de um professor americano chamado Clement Clarke Moore.
Graficamente falando, a imagem foi adquirindo novas características até que, em 1863, o cartoonista americano Thomas Nast criou a imagem do Pai Natal muito semelhante à que conhecemos hoje.
E a Coca-Cola? Muitos anos mais tarde, em 1930, a empresa contratou o ilustrador Haddon Sundblom para criar a campanha de Natal desse ano, e voilà – o mito do senhor bondoso que entrega presentes em todo o mundo, já enraizado no imaginário popular americano, tornou-se o mote publicitário.
Mas não foi a primeira vez! Já em 1923, a White Rock Beverages usou o Pai Natal para o marketing da sua água mineral e ginger ale. Mais um exemplo de que ser o primeiro nem sempre significa ser o mais relevante.
Até hoje, o Pai Natal sempre foi associado à Coca-Cola, e não a qualquer outra marca – um exemplo de como a globalização nos atinge, direta ou indiretamente, mesmo sem nos apercebermos. Apresentar repetidamente esta personagem – adorada e tida como verdadeira pelas crianças – com um ar carinhoso e acolhedor, a beber Coca-Cola, conduziu a um fenómeno de sucesso e carisma, com o qual já não passamos!
Depois deste artigo, resta-nos desejar Boas Festas. E já sabem, se beberem Coca-Cola, façam um brinde a este maravilhoso mito e ao sucesso das marcas! ?