Na hora de tratar imagens para impressão, veja algumas dicas práticas a ter em conta para evitar surpresas e obter o resultado final esperado!
Se é fotógrafo ou designer, chegará a altura em que vai precisar de imprimir o seu trabalho. Seja numa exposição de fotografia ou num catálogo de produtos para o seu cliente, vai querer apresentar o seu trabalho da melhor forma possível, mais ainda se pensarmos que algumas empresas têm uma personalidade corporativa muito específica e criativa – e, por isso, o resultado final também terá de espelhar essa imagem.
Contudo, sabemos que a impressão profissional de um trabalho pode ser muito frustrante, sobretudo por questões relacionadas com artes finais – aquilo que se idealiza e que se vê no monitor nem sempre corresponde ao resultado final.
Por isso, elencamos alguns ajustes que devem ser feitos nas imagens antes de os trabalhos entrarem em produção, para que o resultado tenha a qualidade e a aparência desejada!
Sistema de cores
O sistema de cores que deve utilizar é o CMYK ou, se pretender imprimir a preto e branco, converter em Grayscale.
Porquê?
Porque os monitores funcionam no modo RGB, enquanto que as impressoras funcionam no modo CMYK. Assim, se uma imagem estiver em modo RGB, o resultado final será diferente do esperado. E nada tem a ver com qualquer anomalia técnica – o monitor e a impressora têm apenas uma forma diferente de reproduzir as cores.
Resolução
Por princípio, quanto mais resolução tiver a imagem, mais definição terá.
Isto é particularmente importante se precisar de fazer uma impressão com grandes dimensões. Uma boa resolução impede que a imagem, quando ampliada, perca nitidez ou fique pixelizada.
A resolução mais comum para impressões offset é de 300dpi, à escala de 100% do tamanho. Esta questão da escala é muito importante – se pretender que o resultado final seja ampliado (mais de 100% do tamanho), a imagem já não terá 300dpi e, por isso, será necessário uma maior resolução. Contudo, se não precisar de fazer ampliações, 300dpi será, em regra, suficiente.
Por outro lado, em impressão digital, é possível obter bons resultados trabalhando com menor resolução. Todavia, na dúvida, aconselhe-se sempre com a gráfica com quem trabalha.
Dica extra: trabalhe sempre as imagens em programas especialmente vocacionados para o tratamento de imagens. Por exemplo, finalize a imagem no Adobe Photoshop e depois importe-a para o programa que estiver a utilizar (como, por exemplo, o Adobe Illustrator).
Papel
A escolha do papel vai determinar o resultado final do trabalho. Por exemplo, o papel comum (IOR) absorve mais tinta comparativamente ao papel couché; daí que este último seja dos mais procurados para trabalhos em que a qualidade da fotografia seja um fator chave – as cores ficam mais intensas e atrativas, e as imagens ficam mais nítidas.
Papel com algum tipo de textura é, por vezes, utilizado em projetos de cariz artístico, quando se pretende um determinado efeito criativo. Contudo, neste caso, o papel tende a absorver mais tinta, fazendo com que o resultado final seja menos nítido.
A escolha é, no fundo, algo muito pessoal e dependente do objetivo final. Pode preferir cores mais vivas, pode querer destacar mais os detalhes ou pode querer obter um efeito em que o fator nitidez não seja o mais importante.
Também poderá jogar com as várias possibilidades que os acabamentos lhe oferecem – texturas, relevos, foil, entre outros, concedendo assim sofisticação ao material, e provocando um forte apelo aos sentidos. Desta forma, estará já a comunicar mesmo antes de o cliente abrir o material – e a comunicar a mensagem certa.
Qualquer que seja o seu projeto, teste sempre o papel antes de fazer a impressão final – é a melhor forma de perceber o que se adequa mais à mensagem que quer passar. Depois, ao configurar a impressão, especifique o tipo de papel que vai usar, para que o impressor ajuste as quantidades de tinta.
E quando um determinado tipo de papel funcionar, faça esse registo para evitar novos testes em próximas necessidades.
Otimizações
Existem alguns critérios básicos a que deve atender:
- Prefira o formato TIFF ou PSD (não fazem compressão e, por isso, não há perda de qualidade).
- Preserve uma margem de segurança e/ou faça um bleed na imagem, para evitar bordas brancas e cortes indesejados.
- Se usar texto, converta-o em curvas, para preservar a fonte.
- Faça uma escolha criteriosa da gráfica. Não será vantajoso poupar na impressão, se ficar com um trabalho que não vai gostar.
Se teve alguma dificuldade em aplicar estes conceitos ao imprimir as suas fotos, não se preocupe! Converse connosco antes de finalizar o seu ficheiro. Boas impressões! ?